Educação e trabalho – A busca do equilíbrio

Sempre pergunto aos alunos no Ensino Médio, quando estamos conversando sobre a escolha profissional,  o que os leva a fazer a escolha  de determinada carreira.

Muitas vezes a resposta que já está na ponta de língua: quero ganhar dinheiro.

Eu pergunto: Como ganhar dinheiro?Trabalhando?? Qual é sua expectativa de salário?

 Ao que respondem: Quero ganhar muito.

Pergunto: Muito quanto??

Sem resposta...

Dinheiro é meio imensurável mesmo. Queremos dinheiro para bancar nossos sonhos e desejos de consumo, de programas, de viagens, de produtos, enfim. O trabalho de repente passa a ter todo o poder de realizar todos os desejos. Acho que é por isso que muitos adultos ainda vivem tão insatisfeitos nas suas tarefas profissionais, mas não abrem mão disso.

O que me leva a questionar: Qual é o objetivo da vida? Não seria a busca pelo equilíbrio?

Realização profissional e pessoal? Mas quantas pessoas conhecemos que conseguem alcançar esse equilíbrio? Eu conheço poucas. Se estão felizes no trabalho, a família fica para trás. Se por acaso a mulher escolhe não trabalhar, a renda familiar diminui e é preciso fazer ajuste nos desejos e no consumo.

Por que é tão difícil encontrar esse equilíbrio?

Para mim, o dilema é a falta de discussão do assunto. Afinal o que é equilíbrio para você, pode não ser para mim. Dedicar-se intensamente ao trabalho pode ser bom para você, mas para mim, não, já que aprecio me dedicar aos meus projetos pessoais e não apenas aos meus interesses profissionais.

Acredito que o equilíbrio é um processo que  buscamos durante toda a vida.

Equilíbrio nas relações pessoais, na constituição e manutenção da família e do casamento.
Equilíbrio nas contas financeiras e na realização profissional. O importante não é quanto se ganha e sim quanto se gasta para viver nesse estilo de vida.

Pense nisso. O que é equilíbrio para você??

 

 

Postura na graduação

Nessa semana,  no caderno Equilíbrio da  Folha de SP do dia 19/03, em seu artigo semanal , Rosely Sayão apresenta um quadro do que vem acontecendo nas faculdades em relação a postura de alunos e professores.

Parece que a garotada, muitos iniciam a faculdade aos 17 anos, mantém o comportamento infantilizado mesmo no ambiente da faculdade. Ela comenta a conversa que teve com um professor universitário que percebe nitidamente a imaturidade tanto no pensamento como na ação desses adolescentes, com perguntas do tipo: precisa copiar ou o professor irá disponibilizar a apresentação depois?

 

Os professores perguntam:Que tipo de postura se espera nesse nível? O que tem acontecido com a preparação dos alunos no colégio?

Percebo que muitas vezes a escola tem se preocupado com a assimilação dos conteúdos, mas não existe espaço para discussão comportamental, postura e autonomia. Parece que o aluno deve se concentrar apenas na aprovação e muito do comportamento ainda não é discutido mesmo.

Lembro me do primeiro semestre de uma garota da faculdade. 17 anos recém saída do Ensino Médio, seu comentário: “Posso sair da sala para ir ao banheiro sem pedir!”  Que senso de autonomia! Os alunos saem de um ambiente totalmente controlado, inclusive com a proibição do uso do celular, para a liberdade total.  Não sabem lidar com essa liberdade e ao longo do caminho vão adquirindo mais maturidade diante da nova situação, mas poderiam estar mais preparados.

Ao longo da graduação enfrentarão também o desafio do primeiro trabalho, primeiro chefe, e precisarão aprender a administrar o tempo também. Sendo que essa fase da vida é sempre lembrada como sendo uma das melhores da vida, penso que é porque nesse momento aprendemos  os conceitos sobre  trabalho, amigos e as relações de poder e  vivemos tudo de forma muito intensa.

Vale então o exercício da autonomia. O que você vai querer ser quando estiver lá?

Já vá se preparando então para esse momento!

 

 

Pensar e aprender. Qual é o segredo?

Interessante artigo sobre aprendizado escrito por Gustavo Ioschpe na revista Veja  Ed. 20 de março de 2013, que aborda como as pesquisas científicas tem comprovado a eficácia do método socrático. O artigo apresenta como as principais pesquisas relacionadas ao funcionamento do cérebro tem elucidado muito do processo de ensino/aprendizagem.

A primeira ideia é sobre o funcionamento do cérebro: pensar é uma atividade dispendiosa, gasta-se tempo e energia, o sempre que possível o cérebro recorre por um procedimento automático que já está gravada na  memória. ( a força de um hábito).

São duas as situações em que o cérebro pensa:quando é estritamente necessário ( não há procedimento na memória que nos ajude) e quando nós acreditamos que seremos recompensados por resolver determinado problema. ( no caso a nota da prova, a aprovação no vestibular, etc.)

O que é pensar? Segundo Ioschpe, " pensar é combinar informações de maneira diferente.  Essas informações podem vir do ambiente externo e/ou da memória de longo prazo. O local do cérebro em que esse processamento de informações se dá é a memória operacional."  A memória operacional tem capacidade limitada, e é determinada geneticamente. Quanto mais eu usar essa memória, mais perto ela estiver do seu limite, mais difícil vai ficando aprender coisas novas. Se a única memória é a operacional, o aprendizado fica comprometido.

Pensar envolve esses fatores:

 

Dominar os fatos é indispensável para a tarefa do pensar e aprender. A leitura diversa também contribui para que a pessoa desenvolva novos conhecimentos e acesse novas informações. Outra ideia interessante  apresentada por Ioschpe é "Repetir um aprendizado aumenta em muito nossa chance de dominá-lo. Porque a repetição faz com que certos procedimentos sejam automatizados e assim possam sair da memória operacional e ira para a memória de longo prazo, liberando assim o pensamento para aprender outras coisas."

Uma aula bem organizada, um professor emocionalmente envolvido que transmite seus conhecimentos eficientemente, poderá trazer resultados muito positivos tanto na vida acadêmica, profissional quanto pessoal. Pense nisso!

 

 

 

Administrar o tempo. Como??

 “O tempo é um recurso raro, valioso e não renovável.

Todo mundo gostaria de ter um pouquinho mais.”  Olívia Florência

 

Estive hoje no Colégio São Francisco Xavier, conversando com os alunos sobre como organizar melhor o tempo, aprender a estudar melhor e se dar bem nos estudos.

Administrar o tempo é um problema de gente grande também. Na verdade, tenho certeza que como o assunto não discutido sempre com as pessoas, elas não aprendem a ser organizadas nessa questão específica.

Claro que é uma questão de escolha pessoal, de como organizar o tempo ou nem organizar mesmo, mas muita gente acaba colocando a culpa nos outros quando não dá certo os planos. Por exemplo: fui mal na prova porque minha  mãe não me acordou cedo para estudar mais... ou eu não tinha o material todo porque faltei, ou qualquer outra coisa do gênero, e o que não falta é desculpa por não ter cumprido os compromissos.

Quero apresentar uma dica bacana que pode ajudar nessa tarefa, chama-se ferramenta de administração do tempo: Neotriad. Essa ferramenta baseia-se em um tripé que classifica as tarefas como importantes, urgentes e circunstâncias.

Veja na figura abaixo um exemplo:

 

Que tal organizar sua semana de estudos com base nesse quadro?Tem que ler um livro? Coloque nessa agenda de prioridades, tem prova? Quando? Coloque nessa agenda, aula de inglês, esporte, tudo pode ser classificado dessa forma. É um ótimo exercício para aprender a classificar as tarefas e priorizar as atividades.

Esse é um passo importante para aprender sobre planejamento e conseguir resultados melhores nas avaliações e no dia a dia.

Tente isso!

 

Passos para se preparar para o vestibular

O ano está passando rápido. Agora já estamos em março, para muitos alunos do  3º ano do Ensino Médio, o relógio já está ligado na contagem regressiva e começa a ficar ainda mais alto a cada semana que passa.
Nada de desespero.
Para começar, confira a lista com as obras da fuvest 2014  que já está disponível.


Viagens na minha terra, de Almeida Garrett;
Til, de José de Alencar;
Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida;
Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis;
O cortiço, Aluísio Azevedo;
A cidade e as serras, de Eça de Queirós;
Vidas secas, de Graciliano Ramos;
Capitães da areia, de Jorge Amado;
Sentimento do mundo, de Carlos Drummond de Andrade

O primeiro passo para o preparo é o planejamento: vou  comprar os livros ou pegar na biblioteca? Ler os resumos da internet ou assistir ao filme?
Planeje o que pode fazer de melhor, dentro do tempo disponível.
Ao ler o livro ou assistir o filme, você poderá se valer de uma ferramenta muito interessante para fazer o resumo e organizar os conteúdos, memorizando palavras chaves: MAPA MENTAL
Nessa ferramenta, o importante é a combinação de palavras chaves com imagens, você então cria, em uma folha,  conjunto de informações sobre o assunto, é como uma foto.
O fato de usar imagens e palavras, ativa os hemisférios direito e esquerdo do cérebro e facilita a memorização.
Confira abaixo esse modelo de mapa mental para quem deseja se preparar para um concurso público.

Sendo assim, utilize o mapa mental como um modelo e procure  outros modelos de mapas, no Google Imagens é possível encontrar várias possibilidades.
Crie seus próprios modelos, que façam sentido para você
A essência da ferramenta é essa:usar a criatividade.
Fazer diferentes modelos, comparar com os colegas, pedir sugestões, compartilhar.
Se planejar as leituras e os estudos, poderá com certeza subir mais alguns degraus da escada e chegar em novembro mais preparado para o vestibular.
Fica a dica para vocês .
Bom planejamento.

A questão do mérito e o vestibular

Pense em que sentimento você tem ao disputar uma vaga e ser avaliado por sua cor de pele?
No mínimo você diria que é uma questão racial para não dizer, puro preconceito.
A questão do mérito em algumas áreas é muita clara e definida. O sistema do vestibular atual é assim: você estuda, se esforça, tem habilidade e é recompensado com o ingresso na faculdade que escolheu.
Acho que isso também é uma questão de mérito e esforço, como não tem vaga na universidade  pública para todos, não deixa de ser um sistema. Não vamos julgar se é justo ou injusto. Afinal, as regras é que são mais claras: pontuou, passou.
Em relação as cotas, a questão já é mais complicada. Afinal ter acesso diferenciado é melhor para quem?
Alguns alunos comentam que o preconceito começa com a própria pessoas, que não se sente parte do grupo e acaba se excluindo mesmo das atividades e dos programas dos colegas.
As pessoas tendem a se aproximar mais daquelas em que tem uma certa afinidade.
Minha reflexão é a seguinte: integrar à força, por medida de lei, não costuma funcionar mesmo.
Então, o melhor caminho e a reflexão entre os membros da família, os colegas e amigos e os próprios professores, para que o espaço educativo também seja um fórum de debates das relações sociais atuais e das necessidades de todos.

O paradoxo da educação brasileira

Confira nesse artigo que foi publicado hoje,  o impacto no mercado de trabalho do pleno emprego e a preocupação do governo estadual com o programa de cotas das universidades estaduais.Afinal, qual é o verdadeiro papel do estado na educação do cidadão?

Novo programa de cotas da USP

Reportagem da revista da Folha de S. Paulo, 3 a 9 de fevereiro, retrata o cenário das mudanças que estão por vir nas universidades estaduais paulistas: USP, UNESP e UNICAMP. O sistema de cotas que o governo estadual paulista pretende implantar nos próximos anos. Até 2016, das 12 mil vagas oferecidas pela fuvest, 6 mil serão reservadas para alunos cotista.  O sistema é chamado de PIMESP. 
 " A principal inovação é a criação de um colégio comunitário que será opção ao vestibular e principal porta de entrada para o ensino superior de alunos de escolas públicas - em especial os de baixa renda e, em menor escala, pretos, pardos e indígenas. O colégio é o diferencial da proposta em relação à Lei de Cotas federal, que provocou o debate em São Paulo." Confira a reportagem completa no site.

O que isso representa para você que está se preparando para o vestibular dessas universidades?

Vai ficar mais difícil, a concorrência será muito maior para alunos oriundos das escolas públicas/ cotistas,  que terão direito a 50% das vagas oferecidas.

O que fazer então?

1 - Selecione o máximo possível de opções de universidades que oferecem os cursos do seu interesse.

2 - Verifique o sistema de ingresso que será utilizado já para o ano de 2014 nas universidades que você tem interesse em prestar o vestibular.

3- Investigue melhor os planos de financiamento disponíveis: atualmente o FIES e PROUNI.

 

A palavra chave para esse momento é : opções.Quanto mais você tiver, melhor. 

Preparo mais forte e intenso, a partir de hoje!  Que venha 2013!!

2013 Sempre o recomeço

O ano já começou com novidades. O sistema do SISU parece que está funcionando melhor, pelo menos antes do prazo do ano passado o que garante aos candidatos mais chances de começar fevereiro já mais decidido.

É um momento de tensão e muita expectativa também, pelo resultados e novos planos que alunos e pais terão que fazer: reavaliar o que foi feito e pensar no que fazer. Se aprovado, acerto de documentação, matrícula , e familiarização com o novo espaço que irá conviver.

Se reprovado ao final de tudo ( afinal o resultado ainda poderá sair até março!)  que planos traçar para início do cursinho ou viagem ou intercâmbio. Momento de reflexão e novo planejamento.

Para quem inicia seu curso de graduação, agora é o momento de se preparar para desenvolver mais autonomia e disciplina e aproveitar tudo o que a faculdade irá oferecer. Cursos extras, palestras, centro de orientação para o trabalho, enfim, todas as oportunidades devem ser aproveitadas, quatro anos passam muito rápido, e as oportunidades aconteceram ao longo desse percurso.

Desejo um 2013 cheio de conquistas , com muitos planos e realizações.